O seu programa A Hora do Lobo acabou ao fim de dez anos no ar, na Rádio Comercial, porque, segundo a estação, não se encaixava na nova grelha. Foi realmente este o motivo?
O argumento foi esse. Que o meu programa não tocava a playlist da rádio. Mas os directores de programas mudaram e os administradores também. Enquanto me deixaram fazer a minha emissão, as coisas correram muito bem, a partir do momento em que me vêm dizer que A Hora do Lobo já não era adequada à nova grelha que vai entrar e que, em simultâneo, a minha voz já não faz parte do alvo etário a que se destina, então o fim era óbvio. Cheguei a ter o director de programas a dizer que era difícil imaginar-me à tarde a apresentar Shakira ou João Pedro Pais. Isso fica para quem o diz. Porque a seguir, se a SIC o quiser, estou a apresentar, em voz off, a Floribella, que não é para o meu grupo etário. É tudo uma questão de colocação de voz... Há um certo amargo na situação, principalmente na parte do " já não serve"!
Mas está de volta à rádio com o programa Viriato 25, na Radar. Como surgiu esta oportunidade?
Depois de resolver toda a questão logística com a Comercial, comecei a falar com pessoas. Houve uma hipótese na Antena 3, mas era para um horário madrugada dentro. Entretanto, falei com o Luís Montez da Radar, que acaba por ser o meu mentor porque nos encontrámos ao fim de dez anos, visto que foi ele que me levou para a Comercial em 97, para fazer A Hora do Lobo. E agora voltamos a encontrarmo-nos. Nesta altura, ele tinha uma proposta para mim, que eu considero de prime time [risos], que é fazer um programa das 23.00 à 01.00. Inicialmente, até era para ser das 22.00. E o mais curioso é que recebo imensas mensagens a dar-me os parabéns, por estar de volta.
Porquê Viriato 25?
(entrevista completa aqui)
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