O anúncio da sua saída de antena gerou uma onda de reacções, desde figuras públicas como Miguel Esteves Cardoso ao ouvinte anónimo. Surpreendeu-o esse apoio?
Ainda ontem pensei: em 2008 faço 40 anos de rádio. Já não é o bichinho da rádio que morde, já sou eu que sou o bicho da rádio! Todos estes anos a morder as pessoas em relação a uma forma de fazer rádio, ligada à divulgação musical. Senti-me um bocadinho babado com o texto do Miguel Esteves Cardoso. Em rádio, estamos habituados a sentir-nos sozinhos. Sabemos lá se nos estão a ouvir 10 ou 10 mil pessoas. Ao longo dos anos o que percebi é que boa parte das pessoas de determinada idade atribui-me uma boa parte da sua formação musical, do "abrir a orelhinha". O apoio é uma festa no ego, e eu agradeço. Só espero que aquilo que alguns desejavam nas mensagens, que é ouvirem-me noutro lado qualquer, venha a suceder. A força com que eu fazia rádio mantém-se inalterada, e a vontade de descobrir música, enquanto houver saúde e orelhas, mantém-se intacta. E um bocadinho mais refinada, com a idade e a experiência.
(Artigo completo aqui).
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